domingo, 15 de abril de 2007

TESTE DIA 12 E 13/04/2006

INSTITUTO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFESSOR ISAÍAS
Teste de Língua Portuguesa

Nome:........................................................................................................... Turma...........

Professor: Ronaldo Prestes Gomes Data: ....................... Nota..........
Competência(s)/ habilidades:
a) Identificar informações no texto, relacionar informação do texto com outras informações e conteúdos;
b) Estabelecer relações entre os diferentes níveis de linguagem, bem como a adequação de seu uso;
c) Reconhecer os sons que ocorrem na língua e como esses se organizam;
d) Perceber a diferença existente entre o som das letras e sua grafia.

O ‘pobrema’ é nosso
Segundo Eliana Marquez Fonseca Fernandes, professora de Língua Portuguesa da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, em se tratando de linguagem, não se pode falar em erro ou acerto, mas desvios à norma padrão. “O importante é estabelecer a comunicação. Para isso, usamos a língua em vários níveis, desde o supercuidado ou formal até o não-cuidado ou não-formal.”
“A gramática tradicional diz que, quando se fala ‘nóis vai, nóis foi’, isso não é português. Mas é sim. Em outro nível. Estudos mais recentes na área dizem que tais formas de expressão são corretas. Censurar ou debochar de quem faz uso delas é discriminação lingüística.” Para a professora, o domínio da norma culta não deve ser exigido da população de modo geral, principalmente de pessoas que têm baixo grau de escolaridade. “Quem tem obrigação de saber o português formal, falar e escrever de acordo com as regras são os professores, os jornalistas, os acadêmicos”, diz. (Diário da Manhã, Goiânia, 05.05.04. Adaptado.)

01. O texto expõe pontos de vista diferentes sobre a concepção de língua e de seu uso.
a) Explique o ponto de vista da professora Eliana e da gramática tradicional, conforme apresentados.
Segundo a professora Eliana, "em se tratando de linguagem, não se pode falar em erro ou acerto, mas desvios à norma padrão". Segundo a gramática tradicional "quando se fala‘nóis vai, nóis foi’, isso não é português".

b) A professora Eliana afirma que censurar ou debochar de quem faz uso de formas não-padrão é discriminação lingüística. Todavia, em sua fala, pode-se entrever certa discriminação lingüística. Transcreva o trecho em que isso ocorre e explique por quê.
A professora revela certa discriminação lingüística quando destaca qual camada da população deve ou tem obrigação de falar e escrever de acordo com a norma culta: "Quem tem obrigação de saber o português formal (...) são os professores, os jornalistas, os acadêmicos".

02. O texto discute a questão da língua em sua função comunicativa, contrapondo usos mais informais a usos formais.
a) A gente sabe que tem gente que escorrega no português. Indique em que nível de linguagem está a frase acima e justifique a sua resposta.
A frase foi redigida sem preocupações formais, utilizando "a gente" e "escorrega no português". Observa-se o emprego de coloquialismo, gírias, repetições, etc.
b) Reescreva a frase em duas versões: uma informal e outra formal.
A frase já está redigida de modo informal. Porém uma outra opção seria: "A gente sabemos que tem gente que escorrega no português". Em linguagem formal: "Nós sabemos que há (ou existem) pessoas que cometem erros de português". (Há outras possibilidades.)
O Museu da Língua Portuguesa foi inaugurado em São Paulo, em março de 2006. Na ocasião, houve um erro num painel, conforme a imagem:
Sobre isso, Pasquale Cipro Neto escreveu:
Na última segunda-feira, foi inaugurado o Museu da Língua Portuguesa.
Na terça, a imprensa deu destaque a um erro de acentuação presente num dos painéis do museu (grafou-se “raiz” com acento agudo no “i”).
Vamos ao que conta (e que foi objeto das mensagens de muitos leitores): por que se acentua “raízes”, mas não se acentua “raiz”?
03. Considerando o contexto social, cultural e ideológico, por que o erro do painel teve grande repercussão?
Em se tratando de um museu de língua portuguesa, é de se supor que não houvesse erro de grafia.

04. No segundo parágrafo do texto, escrito por Pasquale Cipro Neto, existe um fonema que aparece sete vezes em diferentes palavras. Qual é esse fonema e como ele aparece representado?
Fonema /S/ letras ç, s, c

05. Instrução: Os trechos abaixo retratam a fala de jovens sobre sua própria linguagem. Leia-os atentamen­te e responda à questão seguinte.
* A gíria é um meio muito legal de se comunicar, é irado falar de um jeito que os professores e o pessoal lá de casa não entendam. (Gabriel. 14 anos)
* O tipo assim é o espaço que a gente usa pra pensar as palavras. (Marco, 15 anos)
* A gente não fala mais é uma brasa, mora?, que era moda nos tempos do meu pai. No lugar disso, falamos outras coisas. (Daniela, 16 anos)
* Cara, eu também sei falar formalmente, mas não gosto. Não me dirijo ao padre do colégio com um aí, velhinho! (Victor, 17 anos)
A partir da leitura dos trechos, assinale o(s) item(ns) cor­reto(s).
a) Na fala de Gabriel, percebe-se que adultos e jovens usam a língua de forma igual.
b) A fala de Daniela revela que a língua não é um fato social estático, ao contrário, varia ao longo do tempo.
c) Segundo Marco, tipo assim é uma forma de resumir uma informação.
d) Victor sabe que o uso da língua não varia conforme o grau de intimidade entre as pessoas, ou seja, que usar linguagem formal ou informal é questão de adequação à situação.

Leia o seguinte trecho do poema “Flor da idade”, de Chico Buarque de Hollanda, e responda as questões de 06 a 07
A gente faz hora, faz fila na vila no meio-dia
Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor.

06. Retire do texto dois pares de palavras que se distinguem pela troca de um único fonema
fila/ vila coça/ roça
07. Retire do texto uma palavra que se diferenciam pelo acréscimo de um fonema.
Festa/fresta

08. Nas palavras “anjunho, carrocinhas, nossa e recolhendo”, podemos detectar oralmente a seguinte quantidade de fonemas:
a) três, quatro, dois, quatro. b) cinco, nove, quatro, oito. c) seis, dez, cinco, nove.
d) três, seis, dois, cinco. e) sete, onze, cinco , dez.

09. Em qual das alternativas ambas as palavras apresentam o mesmo número de fonemas?
a) impressora / correspondem. b) caracteres / consideração. c) delinquente / adequada.
d) conhecimento/ consideração. e) alcance / preenche.

10. Assinale a alternativa em que o “x”nunca é pronunciado como /ks/:
a) tóxico, máximo, prolixo. b) êxtase, exímio, léxico. c) máximo, êxodo, exportar.
d) exportar, nexo, tóxico. e) exímio, prolixo, êxodo.

11. Marque a alternativa em que todas as plavras apresentam dígrafo:
a) histórias/ impossível/ máscara. b) senhor/ disse/ achado. c) passarinho/ ergueu/ piedade.
d) errante/ abelhas/ janelas. e) homem/ caverna/ velhasco.

12. A alternativa em que as palavras apresentam, respectivamente, ditongo oral crescente, dígrafo e hiato:
a) mal, guerra, vai. b) quase, quero, juiz. c) água, aquário, dois.
d) lei, rainha, preencher e) também, psicologia, jóia.

13. Assinale a alternativa em que a separação silábica de um dos vocábulos não obedece às normas:
a) pa-tro-cí-nios/ as-so-ci-a-dos. b) a-pre-en-são/ i-ni-ci-al-men-te
c) chei-a/ im-pac-to. d) sub-es-ti-ma-das/ ins-tru-í-das. c) con-clu-iu/ to-le-rá-veis.


14, 15 e 16. “ A passagem dos cem dias de Yeda Crusius à frente do Palácio Piratini foi ofuscada por um terremoto político, com epicentro na Secretaria da Segurança Pública. Escolhido como xerife para combater a criminalidade, o secretário Enio Bacci monopolizou as atenções ao tropeçar em intrigas e ao bater boca com um subalterno. Está a um passo de perder a estrela - no caso, o cargo.” (Zero Hora – 11/04/07)
Nas palavras destacadas acima classifique as que apresentam:
a) Encontro consonatal: ofuscada, secretaria, criminalidade, tropeçar
b) Digrafo: passagem, terremoto,
c) Ditongo: palácio, secretaria

O texto abaixo é parte da carta de uma leitora que elogia a matéria publicada sobre gírias na revista Atrevida. Leia o texto e, em seguida, reescreva-o, substituindo as gírias por palavras e expressões da norma culta.

É massa!
Dessa vez Atrevida “arrepiou”. Foi “da hora” a matéria NA PONTA DA LÍNGUA, com as gírias “maneiras” de todos os lugares. É por isso que me “amarro” cada vez mais nesta revista: descolada, divertida, diferente e “trilegal”.
( Mariana Alves Manso. Atrevida. set.1996. p.18.)


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“Lembre-se: a montanha se forma pouco a pouco, no escoar dos anos.
O carvão se transforma em diamante graças ao trabalho lento do tempo.
O mar se forma gota a gota. A árvore frondosa, um dia, foi pequena e oculta semente no interior da terra.
Assim também são as conquistas no campo do intelecto, das artes e das ciências. Dependem do esforço contínuo e perseverante.
Tudo na vida é, em essência, o resultado do esforço de alguém, do trabalho do tempo e da paciência das horas”. BOM TESTE.